Victoria Beckham tem uma coleção de 100 bolsas Birkin. A maioria das mulheres se contentaria em ter ao menos uma. Esse desejo por uma bolsa que custa pelo menos US$ 8 mil está impulsionando os ganhos da tradicional marca francesa Hermès, que fechou o primeiro semestre com um lucro líquido de US$ 414,14 milhões, um aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (02/09).
Segundo o diretor de investimentos Patrick Thomas, a companhia não deve manter esse desempenho até o final do ano por pura falta de estoque. Mesmo com a crise, a demanda por bolsas da Hermès, especialmente os modelos Birkin e Kelly, continua forte nos mercados americano e japonês. Na China, a marca também está em alta, a exemplo do que acontece com marcas como Cartier e Louis Vuitton.
De janeiro a junho, as vendas cresceram 22% atingindo € 1,31 bilhão. As ações da Hermès subiram 69% no mesmo período, após o bilionário Bernard Arnault, da LVMH, ter adquirido uma fatia de 21% na empresa, contra a vontade da família que controla 62% da companhia. No fechamento do mercado nesta sexta, os papéis da companhia subiram 1,2% chegando a valer € 262.
A marca, que tem uma tradição de 174 anos, vem experimentando um renascimento no mercado de luxo. É essa valorização que a colocou no foco de Arnault e do conglomerado LVMH, que enxerga na Hermès uma possibilidade de expansão semelhante à ocorrida com a Louis Vuitton. Seus produtos, porém, podem ser ainda mais exclusivos, com modelos da Birkin feitos com pluma de avestruz e custando mais de US$ 200 mil. A coleção de Victoria Beckham, por exemplo, é estimada em US$ 1,8 milhão.
Fonte: Época Negócios por Soraia Yoshida
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