Por: Antônio Paraiso - Portugal
No mundo da gastronomia de luxo, a confecção, por encomenda, de menus inspirados em obras literárias e em árias de ópera, consoante o gosto do cliente, são exemplos da criatividade, erudição, experiência e intangibilidade que, anteriormente, referi.
A personalização que uma conhecida marca de luxo faz, na loja, no momento de compra, gravando no frasco de perfume as iniciais do nome do cliente, é outro desses exemplos.
É fundamental que as marcas estejam permanentemente atentas e empenhadas em perceber o que o mercado quer e depois saibam surpreender os seus consumidores. Só assim os fidelizam.
No relatório “State of the Luxury Industry”, publicado pelo Luxury Institute em Nova Iorque, e elaborado com base em inquéritos a consumidores ultra-ricos, se destacam 3 ideias:
:: Os atributos mais valorizados pelos consumidores ultra-ricos numa marca de luxo são a qualidade extrema, a perfeição no trabalho manual, que o ingleses chamam de ‘superior craftmanship’ e um serviço de atenção máxima ao cliente;
:: Mais de 60% dos consumidores milionários acreditam que os preços dos produtos de luxo estão demasiado altos comparativamente com o valor que oferecem (e agora acrescento eu, que é interessante notar que os inquiridos não disseram que os preços eram caros, mas sim que estavam desajustados em relação ao valor percebido. Fica essa nota para reflexão);
:: Mais da metade dos consumidores milionários declararam que o atual estado da economia mundial fez com que mudassem de opinião sobre a indústria do luxo.
Esta pesquisa conclui que as marcas de luxo devem rapidamente reforçar o investimento em inovação, qualidade de materiais e de execução manual, mas sobretudo em serviço e atenção ao cliente.
Em minha opinião, as conclusões acima referidas revelam nas entrelinhas, informação importante que convida à reflexão e mudança.
Antonio Paraíso
Consultor e Palestrante
www.antonioparaiso.com