Quo vadis, Luxus? (Parte 1)
Por: Antônio Paraiso - Portugal
O mundo do luxo parece possuir um magnetismo fascinante. Atrai.
Atrai atenções, curiosidade, desejos de pertença.
Atrai pelo que tem de qualidade visível e absolutamente irrepreensível, mas sobretudo pelo que tem de intangibilidade, mistério, classe, inovação, história, tradição, exclusividade, sofisticação e prazer para os sentidos, que o torna acessível por poucos e desejado por muitos.
Em minha opinião, o luxo é um estado de espírito. É uma forma de estar na vida. É muito mais do que apenas poder de compra alto. Mademoiselle Coco Chanel um dia terá dito que «há quem pense que o luxo é o contrário de pobreza. Mas não é. Ele é o contrário de vulgaridade». Essa frase me inspira todos os dias. Concordo em absoluto com Mademoiselle Chanel.
De fato, o poder de compra alto e despreocupado não é o único fator característico dos mercados de luxo. Normalmente, estes também se pautam pela educação, elegância, saber estar, cultura, (bom) gosto, intelecto apurado, apreço pela exclusividade e permanente criatividade.
Susana Campuzano, consultora espanhola especialista nos mercados de luxo, de quem sou amigo, refere no seu livro El Universo del Lujo, que o gosto, enquanto capacidade de apreciar a beleza, delimita o acesso ao luxo.
É importante que as marcas e profissionais que trabalham o segmento de luxo façam reflexão sobre estas ideias para saberem introduzir nas suas ofertas alguma erudição, seja arte ou outra qualquer forma de cultura, que verdadeiramente faça a diferença, apresente inovação, proporcione experiência inesquecível e acrescente a intangibilidade que justifica o preço alto e conquista o seu público.
(Final da parte 1 > Parte 2 em breve).
Antonio Paraíso
Consultor e Palestrante
www.antonioparaiso.com
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