A BOTTEGA VENETA é a grife em ascensão no concorrido e bilionário segmento de luxo. Conhecida por suas bolsas, sapatos e cintos feitos impecavelmente em couro, cujos valores ultrapassam sem muita dificuldade a barreira de €1.000, a marca italiana não possui logotipo (seu nome é escrito por extenso no interior de seus produtos). Discreta, a italiana BOTTEGA VENETA domina hoje as páginas iniciais das principais revistas de moda internacionais, e começa a incomodar muitos ícones luxuosos como a francesa Hérmes.
A história
A história da BOTTEGA VENETA, que em italiano significa “loja veneziana”, mas nasceu em Vicenza, cidade ao norte da Itália reconhecida por abrigar até hoje hábeis ourives, começou em 1966 quando o casal Vittorio e Laura Moltedo inaugurou um pequeno, porém dinâmico negócio que manufaturava produtos e artigos em couro luxuosos. Desde seu nascimento, a marca italiana ficou conhecida por tratar o couro usado em sapatos, bolsas e acessórios com o mesmo cuidado com que um artesão manipula filetes de ouro. Seu maior patrimônio era - e continua sendo - o “Intrecciato”, o couro trançado, quase como uma cesta. Para a BOTTEGA VENETA, o desfile dos logotipos de maneira óbvia era considerado um tipo de traição ao princípio do produto feito à mão, que é único e pessoal. As iniciais BV só apareciam discretamente dentro das bolsas.
Foi então, que em julho de 2001, o Grupo Gucci, que hoje pertence ao conglomerado de luxo PPR, comprou 66% da BOTTEGA VENETA por US$ 156.8 milhões. A primeira providência dos novos proprietários foi contratar o diretor de criação alemão Tomas Maier para revitalizar a marca, isto é, modernizar o tradicional. O novo diretor criativo deu um novo impulso a marca, mantendo o estilo clássico e atemporal, lançando a sua primeira coleção de ready-to-wear, tanto para mulheres como para homens. Com o suporte financeiro dos novos proprietários, pouco a pouco, a BOTTEGA VENETA, então com apenas 17 lojas no mundo, foi crescendo, inaugurando lojas em outros países (como em 2002, quando inaugurou três lojas localizadas em Paris, Londres e Milão) e fazendo produtos cada vez mais de alta qualidade, estilo e extremo luxo.
Discrição para alcançar o sucesso
Atualmente, a grife italiana, que possui bolsas que variam de US$ 1.500 a US$ 75.000, está sendo discretamente comparada a lendária Hermès e aparece como a segunda maior força do conglomerado de luxo PPR, atrás somente da Gucci. O segredo? A BOTTEGA VENETA mostrou que tem o DNA do luxo e cresceu porque soube se posicionar. Até agora a marca se manteve autêntica, evitando aderir à logomania do luxo e atraindo cada vez mais aquele consumidor atualizado e avesso às ostentações mais óbvias. No longo prazo, esta é uma estratégia que preserva a integridade da marca.
Fonte: Mundo da Marcas / Bottega Veneta
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