Por Soraia Yoshida (Via Época Negócio)
O mercado de luxo está mudando. No mundo inteiro, os consumidores de produtos de altíssimo padrão não querem mais esperar pelo novo Porsche ou pela bolsa Alexa, da Mulberry. “Em todo o mundo, o consumidor de produtos exclusivos não tem mais paciência de entrar numa lista para ter seu produto dali a seis meses. Ele quer agora”, afirma Jean-Marc Jacot, presidente da Parmigiani Fleurier, fabricante suíça de relógios de altíssima qualidade. “E nós temos de estar lá para atendê-lo.”
É essa busca pela disponibilidade que fará com que a partir de agora o consumidor brasileiro de luxo passe a conviver mais de perto com os relógios da Parmigiani Fleurier. A empresa, por meio de seus representantes e revendedores, elegeu o país como mercado prioritário, juntamente com China e Rússia – não por acaso dois Brics em que o consumo de marcas famosas e caras só faz aumentar, como conseqüência do enriquecimento da sociedade. Esse filão busca a sofisticação que um modelo da Parmigiani, que custa em torno de US$ 100 mil (peças sob encomenda chegam a custar US$ 3 milhões), menos ostensivo do que um Rolex, pode lhe dar. ”Muita gente enriqueceu rapidamente e quer aproveitar o momento, não deixar para ter o melhor quando envelhecer”, explica Jacot.
Para isso, a Parmigiani está adotando uma estratégia agressiva, que inclui acelerar suas ações de promoção da marca em mercados-chave como Europa, Japão e Estados Unidos, e naqueles em que o potencial de crescimento é grande, como China, Sudoeste da Ásia, Rússia e América Latina. “Desses ‘novos mercados’, queremos que o Brasil seja o número 1 na América Latina em cinco anos”, diz Jacot.
Por enquanto, o maior obstáculo ainda é a alta taxação de importados, que encarece o preço final e exige que o importador tenha um volume alto de recursos para comprar e entregar o produto.
A Parmigiani conta com 250 representantes em todo o mundo. Com o novo plano, esse total deve saltar para 400 até 2015. “Pode parecer pouco quando se pensa em grandes fabricantes de relógios, mas estamos mirando um consumidor bastante específico”.
Esse consumidor, aliás, ainda é basicamente masculino, cerca de 80%, deixando o restante para relógios femininos. Basicamente, tem de 35 a 60 anos. “É alguém muito seguro, confiante, que não precisa provar que é bem sucedido e não tem medo de ser diferente”, define Jacot. “E nós temos algo diferente.”
Fonte: Época Negócio
O Mercado brasileiro de Luxo, está aquecidíssimo em relação ao mundo. Os consumidores de luxo aqui, tem acesso diferenciado facilitado pelos cartões de crédito, e são impulsionados pela compra emotiva.
ResponderExcluirExcelente estratégia da Parmigiani !
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