O uso da Web móvel está em crescimentos impressionantes. Estima-se que existam mais de 5 bilhões de telefones celulares no mundo e que cerca de 30% dos consumidores tenham acesso regular à internet por essa via.
E embora esta porcentagem não seja a mesma em todas as regiões do mundo, contudo, ela é um indicador da evolução previsível nos próximos tempos. E essa evolução será particularmente rápida no mercado premium, pois atualmente o consumidor de luxo pertence à geração com mais estudos e formação acadêmica de sempre, consegue riqueza em idade cada vez mais jovem e é grande conhecedor e utilizador das novas tecnologias e dos novos meios de comunicação, usando-os tanto para pesquisar informação sobre produtos e serviços como para fazer compras, de acordo com o estudo The Future of the Global Luxury Market, da especialista americana Pamela Danzinger.
Foto: Divulgação |
Podemos realçar ainda que, numa pesquisa da INFORMA, publicada no portal mobithinking.com, o Brasil integra a lista dos 10 países no mundo com maior penetração de aparelhos 3G. É um dado revelador e interessante.
Perante este fenômeno e a previsão de que o seu crescimento será gigantesco nos tempos vindouros, o que podem e devem fazer as marcas premium e de luxo, que pretendam conquistar ou manter clientes que normalmente têm poder de compra despreocupado?
Será possível contar histórias luxuosas usando ferramentas online? Como se pode potencializar, no mundo virtual, a envolvência dos sentidos e a vivência de experiências, ingredientes fundamentais no mundo do luxo? Estas são, provavelmente, algumas das questões que as marcas de luxo se colocam quando equacionam a entrada na Web móvel.
Em minha opinião, acredito que faz sentido a aposta em 4 áreas que se complementam e devem, preferencialmente, ser desenvolvidas em simultâneo.
Website
O website de uma marca premium, nos dias de hoje, tem de estar naturalmente adaptado à Web móvel para poder ser acessado e visto de forma optimizada, em smartphones e tablets.
E a sua principal função deverá ser a de contar histórias, envolver a imaginação de quem o visita, despertar curiosidade, criar mistério e com tudo isto comunicar o sonho da marca. Os filmes publicitários Night train do perfume Chanel Nº5 e L’invitation au voyage da marca Louis Vuitton, são bons exemplos disso. Filmes, histórias, imaginação e mistério devem estar em permanência nos websites.
Outra função do website é a de vender. E mesmo numa situação de e-commerce, no mundo do luxo, é fundamental que haja apoio e comunicação direta da marca com o cliente sempre que este precise. Isso faz parte da sua experiência de compra. Um estudo do Luxury Institute refere que mais de 60% dos consumidores de luxo prefere comprar online nos sites que lhes permitem ligar diretamente à marca e pedir apoio quando têm dúvidas.
Sensivelmente a mesma porcentagem de inquiridos admitiu que abandona o processo e não concretiza a compra online quando o website não proporciona respostas rápidas a essas dúvidas.
(Fim da Parte 1. Publicaremos a Parte 2 em breve)
Antonio Paraíso
Consultor e Palestrante
Novo Catálogo : http://www.slideshare.net/antonioparaiso/antonio-paraiso-palestrante-26714492
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